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Mostrando postagens de 2010

Será em 2011?

A comunicação social (regional e nacional) tem vindo sistematicamente a alertar quem de direito para os problemas que a bacia do Rio Lis enfrenta. Uma breve consulta aos arquivos (e apenas aos dos anos 80) revela uma alternância “acidente/promessa de resolução” que dá a medida das preocupações reais que o Ambiente provoca aos responsáveis pelas entidades envolvidas e do ‘medo’ que os agressores sentem. (Região de Leiria, 13 de Janeiro de 1989) Há 30 anos que, fruto da explosão das suiniculturas (a maioria delas instaladas durante a década de 70 do século passado), vivemos uma constante alternância problema / promessa / adiamento. Nesse tempo, conceitos como planeamento e ordenamento do território e defesa do Ambiente eram completa abstracção ou, quando muito, preocupação de uns quantos ‘lunáticos’. E mesmo que a realidade de hoje não seja tão má como no período dos anos 80 e 90 do século XX, a poluição causada pela exploração pecuária intensiva constitui o principal problema da ba

Ai Timor…

Timor-Leste foi um dos 17 países com representação diplomática em Oslo ausentes da cerimónia de ‘entrega’ do Prémio Nobel da Paz ao democrata chinês Liu Xiaobo. Esta ausência, canhestramente justificada pelo seu Presidente, José Ramos Horta, significa implicitamente o alinhamento de Timor-Leste com a República Popular da China. José Ramos Horta, é bom lembrar, partilhou com o Bispo Ximenes Belo o mesmo Prémio, no já longínquo (ao que parece) ano de 1996. José Ramos Horta, é também bom lembrar, foi durante décadas o porta-voz da resistência timorense ao invasor indonésio e, enquanto tal, objecto de especial admiração por parte de milhares (milhões?) de Portugueses. Timor-Leste terá sido uma das causas que mais uniu os Portugueses nos últimos tempos. Ainda recordo as mais diversas jornadas de solidariedade que se seguiram ao conhecimento do massacre do cemitério de Santa Cruz (no ainda mais longínquo dia 12 de Novembro de 1991) e de tudo quanto aconteceu até à independência. A Repúbl

Boas Festas

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Três mil duzentos sessenta e cinco. Este é o número da nossa solidariedade, expressa no apoio aos necessitados apoiados pelos Bancos Alimentares contra a Fome. Pode parecer pouco quantificar assim a nossa solidariedade. Mas se acrescentarmos àquele número a palavra toneladas, se dissermos que é 30 por cento superior ao conseguido no ano passado (ou seja, mais 775 mil quilos), se sublinharmos que estão em causa bens alimentares de primeira necessidade e se lembrarmos que já em 2009 haviam sido batidos todos os recordes, temos uma noção mais clara do quão somos solidários. Ah! Falta um número: 30000. Trinta mil voluntários disponibilizaram-se, em dois dias, para tornar a recolha possível. Entre as sombras que marcam o futuro que se antevê negro e difícil, a campanha dos Bancos Alimentares contra a Fome (como outras que pontualmente se realizam anualmente com os mesmos objectivos) revela muito mais sobre Portugal enquanto povo do que a generalidade das notícias do dia-a-dia. Desfeitas

Os mercados

Há muitos, muitos anos ‘mercados’ eram aqueles espaços ao ar livre onde as pessoas se dirigiam para comprar o que precisavam e vender o que produziam. As coisas evoluíram e, principalmente nas cidades e outros povoados de razoável dimensão, os ditos mercados começaram a funcionar em espaços próprios (e fechados) e dias predeterminados. Lembro-me bem do velho Mercado de Sant’Ana e do novo Mercado Municipal na Quinta do Carpalho (inaugurado com pompa e circunstância no início dos anos 80 do Século passado). Depois surgiram outros mercados… mini, super, híper e tudo o mais que a iniciativa humana inventou. ‘Mercado’ usava-se igualmente para significar que este ou aquele produto tinham potencial de venda junto dos consumidores (‘tem mercado’) ou que estava condenado ao insucesso (‘não tem mercado’). Recentemente, tudo mudou e confesso-me bastante confuso. De um momento para o outro, ‘mercados’ passou a dominar os noticiários, a opinião publicada e as conversas de café. Então se surgis

Ultrapassar a fronteira

Entre o Homo neanderthalensis e o Homo sapiens; Entre o ‘mundo cristão’ e o ‘mundo muçulmano’; Entre o “norte senhorial” e o “sul concelhio” (José Mattoso, na sessão inaugural do ‘1º Congresso para o Desenvolvimento de Leiria e Alta Estremadura – 17 de Maio de 1991) ; Entre as universidades de Coimbra e de Lisboa; Entre o xisto e o granito e as areias e calcários; Entre as serras e o mar. É nesta ‘fronteira’ que vivemos. Com outras ‘fronteiras’ criadas entretanto, fruto da dinâmica que, principalmente a partir dos anos 60 do Século passado, foi tudo aquilo que fez a Leiria que somos hoje. Ao esvaziamento referido por José Mattoso na intervenção acima referida (1º Congresso para o Desenvolvimento de Leiria e Alta Estremadura – Que futuro? Textos) juntou-se o enorme surto migratório, que levou milhares de Leirienses, em busca de melhores vidas, para outros países e trouxe milhares de outros portugueses para aproveitar as oportunidades entretanto criadas pela rápida industrializ

我们葡萄牙人自由的,我们要求释放刘晓波

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Nós, Portugueses Livres, exigimos a libertação de Liu Xiaobo

Comunicado dos órgãos sociais do Hapoel Tel-Aviv FC

A pedido dos dirigentes do Hapoel Tel-Aviv FC, e de forma excepcional, abaixo reproduzo um seu comunicado de hoje: Há momentos que exigem ponderação de análise e firmeza na acção. Há momentos que obrigam a uma participação alargada na tomada de decisões porque isso fortalece a decisão. Razões suficientes que justificaram a convocação de um plenário dos órgãos sociais do Hapoel Tel-Aviv FC. Nunca defendemos condições de privilégio, o que sempre reclamámos na nossa história foi igualdade de tratamento, isenção no momento de tomar decisões e verdade. São estes princípios que garantem a credibilidade em qualquer sector de actividade, seja na política, na economia ou no desporto. São estes princípios que, infelizmente, faltaram na primeira jornada da fase de grupos da Champions League. Perante a evidência de tantos erros em tão pouco tempo, a esperança de uma prova séria ainda não morreu, mas foi fortemente atingida. Aceitar com ligeireza o que se passou neste início de prova

Aprender com os outros - uma crise

O ano de 1929 chegou quase ao final de seu terceiro trimestre com a promessa e a aparência de uma prosperidade crescente, sobretudo nos EUA. Um optimismo extraordinário sustentou uma orgia de especulação. Escreveram-se livros para provar que a crise económica era uma fase que fora finalmente dominada pela organização empresarial em expansão e pela ciência "Parece que acabamos de uma vez por todas com os ciclos económicos, tal como os conhecíamos," disse o presidente da Bolsa de Valores de Nova Iorque em Setembro. Mas, em Outubro, uma súbita e violenta tempestade varreu Wall Street. A intervenção dos mais poderosos instrumentos não conseguiu deter a maré das vendas em pânico Um grupo de grandes bancos formou um pool de um bilião de dólares para manter e estabilizar o mercado. Foi tudo em vão. Toda a riqueza tão velozmente acumulada nas carteiras de títulos dos anos anteriores desfez-se em fumaça. A prosperidade de milhões de lares americanos havia crescido sobre uma estrutura

Oito meses depois…

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O presidente da Concelhia de Leiria do PSD, ao que leio nos jornais (no ‘Região’ mais propriamente), aproveitou um momento de festa para insistir na tecla do costume. E, também como de costume, os jornais (o ‘Região’, mais uma vez…) fizeram coro. Nada de mais! É a receita habitual. Acriticamente, sem fazer qualquer ‘trabalho de casa’, deixam-se passar como verdade absoluta declarações falsas como Judas… Oito meses e quatro (sim, QUATRO) Conselhos de Jurisdição (dois Nacionais e dois Distritais) depois, continua por fazer-se justiça perante um processo iniciado por alguns militantes locais (entre os quais me incluo) relativamente ao processo autárquico. Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, continua por se concluir se sim ou não José António Silva, João Costa e seus apaniguados foram co-responsáveis pela vitória do PS nas eleições autárquicas. Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, continua sem se saber se foi inocente a escolha dos slogans da JSD e da

Como?

“O ministro das Finanças admitiu hoje (dia 2 de Junho de 2010) a retroactividade do aumento do imposto, afirmando que “o futuro do país” e o estado de crise o justificam. Foi no debate, no Parlamento, sobre o plano de austeridade, incluindo o aumento de impostos, acordado entre o Governo e o PSD de Pedro Passos Coelho. “É por estar em causa a economia, o emprego e o futuro de todos nós que temos que avançar com estas medidas e este é um valor que se sobrepõe ao princípio da retroatividade que é um princípio protegido na Constituição mas não é um princípio absoluto que se sobreponha ao bem público e ao carácter imprescindível e de emergência”, disse Teixeira dos Santos, em resposta a uma pergunta da deputada do CDS Assunção Cristas. O governante afirmou que a proposta do CDS de impedir os efeitos retroactivos dos aumentos seria impraticável.” (do ‘Público’ on-line) Ausente uns dias deste ‘paraíso’, só hoje me apercebi da enormidade acima transcrita. Pelos vistos, o Ministro das Fi

Hoje, há 43 anos…

Hoje, há 43 anos, estava em Fátima. O puto que eu era guiava um grupo de peregrinos franceses, que se deslocaram a Fátima para ver o Papa Paulo VI, nas suas deslocações para (e de) o local de pernoita (Fátima-Praia do Pedrógão-Fátima). O puto que eu era esteve em Fátima e não viu o Papa. Ou melhor… viu-o através da televisão, em casa da Avó Teresa, que hoje recordo com imensa saudade. A minha Avó Teresa foi uma mulher extraordinária, um exemplo permanente de dádiva e entrega aos outros, de compreensão e tolerância. Muito cedo viúva, criou três filhos à custa de muitíssimos sacrifícios e de uma fé ímpar, que não precisava de manifestações exteriores para se revelar. A minha Avó Teresa foi a pessoa mais serena que conheci até hoje. Não me recordo de uma única vez em que a tenha ouvido elevar a voz, que a tenha visto irritada. Sempre a mesma tranquilidade, mesmo quando a vida lhe era 'madrasta' (e foi-o muitas vezes). Na sua aparente fragilidade física, foi a pessoa mais forte

E se fossem àquela parte?

Lê-se hoje na Comunicação Social que o Governo, apesar da ausência de acordo dos ‘parceiros sociais’, vai impor novas regras às prestações sociais concedidas aos desempregados. Lê-se igualmente que com estas medidas vão gastar menos 40 milhões de euros. Lê-se ainda que o principal objectivo é incentivar um mais rápido regresso ao trabalho. Leio e custa-me a acreditar… Começando pelo fim, como pretende o Governo acelerar o regresso ao trabalho quando o desemprego continua a aumentar? Como é possível que a primeira medida efectiva de ‘austeridade’ tenho como alvo quem está mais vulnerável? É com 40 milhões de euros que se vão endireitar as finanças? Quando todos os dias ouvimos falar de milhares de milhões, é com isto que vamos recuperar? E ‘isto’ é um governo socialista? É certo e sabido que vivemos uma crise muito complicada, que vamos atravessar tempos dificílimos, que todos precisamos de mudar hábitos e aprender a viver com menos. De acordo! Mas todos é mesmo TODOS! Empresas

Carta a uns #%#§&$£€ que não conheço

Teve hoje destaque em praticamente toda a comunicação social um conjunto de ‘ideias’ dadas à luz pelos ‘patrões dos patrões’. Querem os senhores (Confederações da Indústria e do Turismo) ‘moralizar’ o subsídio de desemprego… E então, propõem o seguinte (entre outras medidas): - Ninguém pode ter um subsídio maior que o salário (creio que por lei, é igual a 65 por cento deste); - O montante do subsídio deve diminuir ao longo do período de desemprego; - O subsídio só deve ser concedido a quem não tenha outras fontes de subsistência; - Obrigatoriedade de prestar ‘serviço social’ (seja lá o que isso for e mesmo que à custa de postos de trabalho existentes). Não se pode dizer que tenha ficado admirado. Em boa verdade nem esperava outra coisa… Basta reparar, com alguma atenção, para a vida que aqueles ‘desgraçados’ levam, os carros que têm sido obrigados a vender (no primeiro trimestre deste ano, e comparando com o do ano passado, a Maserati viu as suas vendas crescer 200 por cento

Só não me calha o euromilhões...

Certinho, direitinho! Quando ontem aqui me manifestei a propósito de uma notícia do 'Diário de Leiria', apontei o que aconteceria na edição de hoje, salvaguardando apenas que apostas só (ocasionalmente) no euromilhões. Meu dito, meu feito... O assunto é, hoje, manchete ( aqui e aqui )! Mas não só. É manchete mas não reflecte o que efectivamente se passou durante a reunião da Câmara Municipal de Leiria. Francamente, não é grande novidade para mim, mas podia haver um pouco de vergonha. Se já é mau que, com apenas seis meses de mandato, já se estejam a trocar acusações de 'mentirosos', mais grave é que os cidadãos fiquem com versões 'coxas' ou deturpadas do que se está a passar. Afinal, para que assistem os jornalistas às reuniões de Câmara e Assembleia Municipais (e genericamente a todos os eventos)? Para relatar os factos ou para transmitirem a sua versão dos factos? Li (e aprendi) há muitos anos, de um jornalista que muito respeito, uma frase que é lap

Os estudantes, o ruído e outros disparates

Para variar, a população queixa-se do ruído (da ‘semana académica’) e os estudantes (ou alguém por eles…) queixa-se da população. É fatal como o destino. Na ‘recepção ao caloiro’ e na ‘semana académica’ as queixas multiplicam-se e o argumentário (a favor) repete-se. Ano após ano, após ano, após ano… Que fazer? (perguntaria Lenine…) Acabar com as manifestações estudantis não é, obviamente, solução. Esvaziar a cidade, deixando-a temporariamente aos estudantes, também não. Afastar o ‘recinto’, tanto quanto possível, das habitações é o que vem sendo feito nos anos recentes, provavelmente com algum sucesso mas sem deixar de importunar algumas dezenas (ou centenas) de habitantes. Parece-me do senso comum que é inevitável controlar os decibéis, procurando um compromisso entre o direito ao descanso (da esmagadora maioria da população) e o direito à diversão (da esmagadora maioria dos estudantes). Mas não. Aparentemente, os estudantes (e/ou alguém por eles, e/ou porta-voz deles) sentem-s

Por que será?

O 'Diário de Leiria' de hoje dá conta que os vereadores da oposição acusam o Presidente da Câmara de Leiria de ter mentido. Em causa está a aprovação do novo quadro de pessoal da Autarquia, que foi objecto de apreciação na reunião da Assembleia Municipal realizada na sexta-feira passada e que provocou o abandono da sala por parte dos vereadores da oposição. No texto em causa, o Presidente da Câmara remete explicações para a reunião de Câmara que aconteceu hoje. Se seguirem o link acima, todavia, não vão encontrar a notícia, pois ela não está disponível on-line. Aliás, na edição em papel não há sequer uma chamada de primeira página. Estou muito curioso de ver o que acontece na edição de amanhã... Melhor: nas edições de amanhã: em papel e on-line. Se eu gostasse de apostas (para além do ocasional Euromilhões), apostaria que a resposta terá um destaque maior (ou mesmo muito maior) que o facto que lhe deu origem. Critérios...

Devia ficar orgulhoso?

Feliciano Barreiras Duarte ocupa, desde anteontem, o lugar de chefe de gabinete do novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, o que marca o regresso do social-democrata ao 'núcleo duro' do partido. (Diário de Leiria, 14 de Abril de 2010) Confesso a minha ingenuidade! Domingo passado, quando li a composição dos novos órgãos dirigentes do PSD, estranhei a ausência dessa figura maior que é Feliciano Barreiras Duarte! Embora houvesse rumores sobre problemas de relacionamento entre alguns dos apoiantes de Pedro Passos Coelho no nosso Distrito, francamente nunca me passara pela cabeça que FBD ficasse de fora. Comentei até a situação com algumas pessoas, parecendo-nos que neste caso vencera a facção maioritária na Distrital. Conclusão reforçada com a presença de Fernando Costa na vice-presidência do Congresso e de Conceição Bretts na Comissão Política. E de Telmo Faria (simplesmente) no Conselho Nacional. Afinal… afinal havia outro (cargo)! Eis, pois, FBD chefe de gabinete do Presi

A ‘reestruturação’ dos bombeiros municipais de Leiria

Fernando Curto criticou ainda a divisão do território municipal em quatro partes, face à existência de igual número de corporações de bombeiros. “A Lei diz que nos municípios onde há bombeiros profissionais cabe a estes a responsabilidade jurídica e operacional e, em Leiria, há três partes que estão entregues aos bombeiros voluntários que não sabemos como, com que efectivos e em que modo”, referiu o dirigente. Fernando Curto atribuiu estas alterações ao comandante dos bombeiros e ao presidente da autarquia de Leiria, adiantando esperar de Raul Castro a reestruturação da corporação. (Público on-line, 5 de Abril de 2010) Já perdi a conta aos anos em que andamos a ouvir este ‘profeta da desgraça’… Há bem mais de uma década, seguramente, que este senhor, Fernando Curto de seu nome e em tempos idos bombeiro de Lisboa, (per)corre o País antecipando as maiores catástrofes, os maiores desastres, as maiores calamidades porque as corporações de bombeiros não funcionam como devem. Admito que

Por que non te callas? (parte III e derradeira)

É a opinião do mentor político de Pedro Passos Coelho que, após as eleições directas de 26 de Março, decidiu continuar na sombra. Ângelo Correia acredita que o novo líder vai deixar aos congressistas e ao país "duas ideias muito fortes", num sinal de demarcação em relação ao PS e à anterior direcção. (Jornal de Notícias, 5 de Abril de 2010) Cada vez que Ângelo Correia fala, Pedro Passos Coelho vê diminuído o seu espaço de afirmação. Tido em alguns sectores (e no texto do JN lê-se isso sem margem para dúvidas…) como um ‘produto’ de Ângelo Correia, e por isso condenado a fazer figura de ‘voz do dono’, Pedro Passos Coelho não pode continuar a admitir passivamente esta situação. Sob pena de se tornar, aos olhos dos Portugueses, nisso mesmo: uma espécie de papagaio. Conhecendo o Pedro aos anos que conheço, talvez devesse ter começado por uma espécie de ‘declaração de interesses’: o Pedro pensa pela sua cabeça, por mais pessoas que ouça e com quem se aconselhe. Por isso, tem t

Feios, porcos e maus

A situação que se vive em toda a bacia do Lis é bem o reflexo do que atrás ficou escrito: um crescimento urbanístico desregrado que invade terrenos agrícolas e asfixia os espaços verdes sem criar outros, um crescimento industrial descuidado e sem qualquer preocupação ambiental, uma proliferação de explorações pecuárias sem ordem nem método que libertam os efluentes para qualquer lado. O resultado é visível: uma bacia hidrográfica, de grandes potencialidades, seriamente ameaçada e de onde o peixe desapareceu, mas cujas águas ainda regam os vegetais que consumimos diariamente. (…) Há que sentar à mesma mesa os responsáveis pelos vários organismos (…) intervenientes, desde a Secretaria de Estado do Ambiente e Recursos Naturais aos agentes económicos, e estabelecer um programa específico de acções (…) que atenuem a pressão da poluição sobre o meio ambiente. (Jornal de Leiria, 8 de Julho de 1988) O constante crescimento populacional, o desenvolvimento industrial e o advento da pecuária

Isto sim, é pornográfico

Os seis doentes do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que a 17 de Julho último cegaram após troca de medicamentos, vão receber uma indemnização total de 597 mil euros. Convido os meus visitantes a fazerem um pequeno exercício... Experimentem viver meia hora com os olhos vendados. Viver significa (tentar) fazer o que fariam normalmente àquela hora... É impossível não é? Eu, que tenho uma enorme miopia num dos olhos e procuro defender ao máximo o outro olho, começo por ficar indignado com a 'normalidade' com que se tratou (e trata) aquele caso. Como é possível? Como foi possível tanta incompetência, tanta negligência, tanta indiferença? E como é possível que se estejam a discutir indemnizações, ainda por cima em 'bolo único', e nada se saiba sobre o paradeiro actual do(s) agente(s) do crime? Sim, porque foi um crime! Um crime vezes seis! Será que continuam (ou vão voltar) a exercer? Penso que ao Estado (que somos todos nós) só cabia uma coisa: pagar (e pagar BEM )

Eu não diria melhor...

5. Deixaram de existir “alegados”. Há uns anos atrás não havia vítima de pedofilia, pedófilo e caso de pedofilia que não fosse alegado. A alegada vítima tinha alegadamente sido violada pelo alegado pedófilo. Os alegados desapareceram e passamos a viver no mundo das certezas cristalinas. Obrigado a João Miranda (do Blasfémias )

O PSD tem conserto?

Tenho do PSD tantos anos de ‘matrícula’ quantos o partido tem de vida (menos os meses de Maio a Setembro ou Outubro de 74). O que é, todavia, diferente dos anos de militância, bastantes menos (cerca de 15…) por força do exercício de profissão incompatível. Isto ressalvado, à laia de ‘declaração de interesses’, digo-vos que me impressiona e preocupa o estado a que chegou a vida interna do PSD. Sendo certo que sabia não ir encontrar um ‘alfobre de ideias’ (vida de jornalista é um excelente lugar de observação!), a situação que se vive em Leiria é muito pior do que esperava. Eu sabia que pelo menos desde os idos de 80 do século passado o pagamento massificado de quotas era prática normal de um grupo bem identificado (e que, aliás, o não escondia). Mas julgava (oh ingenuidade!) que a refiliação e a alteração das regras de pagamento da quotização (que ainda devemos a Rui Rio) tinham ajudado a melhorar a situação. Santa ignorância! A vida interna está pior, muito pior, que nesses longínq

Os pressupostos do PSD e as tarefas do Pedro Passos Coelho

Pronto! Contados os votos, escolhido o novo líder, é tempo de olhar para a frente. A votação foi de tal modo expressiva que nem é preciso recorrer à fórmula rei morto, rei posto . E se, para que as coisas ficassem claras, mais um voto que os 50 por cento era suficiente, com uma percentagem superior a 60 por cento o Pedro Passos Coelho tem toda a legitimidade para escolher e impor o seu caminho. Não há margem para espingardas, nem sequer para bandeiras. O Pedro tem o direito de exigir lealdade e colaboração totais. De oponentes e apoiantes (e principalmente destes…). E essa é, em minha opinião, a sua primeira tarefa: dominar os ‘seus’, controlar os apetites, as exigências, as cobranças. Conhecendo o que conheço, será tarefa difícil. Mas é condição essencial para o resto. Tendencialmente, o PSD une-se ao ‘cheiro’ do poder. Mas, nos anos mais recentes, tem crescido a tentação para distribuir o ‘bolo’ ainda antes dele sair do forno (no que é uma aproximação ao comportamento mais típico

Obrigado Paulo... Felicidades Pedro!

"O País sabe que o PSD decidiu mudar, este foi um resultado muito expressivo, não houve um cheque em branco. Tenho a certeza que o PSD me deu um voto de confiança para poder liderar o partido" (Pedro Passos Coelho). É isto mesmo! Escolhemos, a maioria votou em Pedro Passos Coelho, é ele o meu Presidente. Já enrolei e guardei a bandeira. Obrigado Paulo Rangel! A partir de hoje, começa um novo ciclo, que espero ardentemente seja mais pacífico e profíquo que os anteriores. Ainda bem que a votação foi expressiva e concludente, revelando o que a maioria quer sem sombra de dúvida. Felicidades Pedro!

Vamos limpar a cidade?

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A campanha 'Limpar Portugal' foi orientada para limpar as matas da tralha que a falta de civismo lá foi depositando ao longo dos anos. Imagem de marca de um povo que não sabe de todo o que seja civismo... Que tal completar a campanha com uma acção de limpeza das cidades, vilas e aldeias? Podia-se começar por 'limpar' os carros dos locais onde eles não podem (não podiam...) estar? Em Leiria, hesito relativamente ao primeiro local: a entrada da Praça Rodrigues Lobo ou, surpresa!, o pátio do Marcado de Sant'Ana?...

Eu, denunciador, me confesso

“Se pensas que és pequeno de mais para mudar o Mundo, experimenta dormir com uma melga no quarto” (Lido numa parede do Tribunal de Leiria) “O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo” (Spartacus? – também, em tempos, numa parede do Tribunal de Leiria) Sim! Confesso que sou um dos ‘malfeitores’ que participou às instâncias competentes do Partido Social Democrata a presença, em listas adversárias das do partido, de 35 filiados do PSD. Confesso que, com esse acto, transgredi as regras básicas reinantes na Secção de Leiria, que mandam dialogar, dialogar, dialogar, dialogar sempre e em qualquer circunstância, desde que desse diálogo resulte o cumprimento da vontade de um qualquer ‘deus’ omnipotente, omnisciente e controlador da vontade ‘livre’ dos seus apaniguados. Confesso que interpreto mal o texto da lei vigente no PSD e que, no número três do seu artigo nono, determina que “Cessa a inscrição no Partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional

Palavras sábias (digo eu...)

Quanto ao ‘terceto de Mafra’, Rangel subiu e Passos desceu, Aguiar encalhou. Será demasiado simplista, mas foi isto mesmo: a necessidade da ‘ruptura’ andou ali de boca em boca, como de certa forma já se impusera no partido e em parte do País. Mas há direitos de autor e eles são de Rangel, o único que percebeu que o PSD precisa de ideias fortes como vitaminas, vestidas de palavras sonoras para voltar a reencontrar o norte, o caminho, o golpe de asa. Rangel é um político de corpo e alma e felizmente tem apenas 42 anos. E não tem padrinhos, nem tribos, nem pertenças, um luxo no PSD. Passos Coelho, a quem os debates televisivos correram bem, mostra-se sempre desenvolto e fluido no by the book . Fora dele, atrapalha-se, fica sem ar: patinou no ‘intimismo’, derrapou com Jardim, deu o flanco na contradição. E nem Marco António (…) nem Fernando Costa, apesar de donos de distritais pesadas, destilaram confiança: duvido que, após tê-los visto e ouvido, qualquer ser normalmente constituído tives

Coisas escritas que são setas

Quem escreveu isto, quem foi? " Como um barco sem rumo Imagine um navio numa tormenta, com um rombo no casco, o leme danificado e a água a entrar na casa das máquinas. Em pânico, os passageiros esperam do comandante decisões firmes e sábias. Eis senão quando este informa esperar-se que alguém possa vir em socorro do barco, comprá-lo, afundá-lo, ou mesmo transformá-lo; mas nada é certo. Os passageiros esperavam acção, não que caísse do Céu uma solução. Não sei o que aconteceu ao barco, mas lembra-me o estádio de Leiria. Entre vendas, implosões e transformismos, a conta continua a aumentar e verdadeiras soluções… nenhuma. Num barco, para chegar a bom porto, é preciso ter um rumo definido e um piloto capaz de cumprir a rota." Pois... Texto de José Manuel Silva (deputado municipal do PS) no 'Região de Leiria' de 5 de Março de 2010

Coisas que não compreendo

Se isto é verdade (Pedro Passos Coelho era o único candidato à presidência do PSD que tinha direito de voto no Congresso), pergunto-me porque se absteve na votação da 'lei dos 60 dias' para depois vir para a Comunicação Social dizer que discordava dela... E pergunto-me também por que razão os outros dois candidatos que contam não passaram palavra aos seus apoiantes para que votassem contra... E pergunto-me ainda que imagem dará o PSD quando, daqui a três semanas. abolir a dita 'lei'...

Não havia necessidade!

A (nova) disposição estatutária aprovada este fim-de-semana pelo PSD, e que proíbe críticas públicas à linha oficial nos 60 dias antes de um acto eleitoral, é um manifesto exagero e um rematado disparate político! Devo dizer que compreendo quer a intenção do proponente (Pedro Santana Lopes) quer a reacção/votação da esmagadora maioria dos congressistas. Com especial autoridade neste particular, Pedro Santana Lopes quis preservar futuros líderes das atribulações do passado recente, quando houve sempre uma picareta falante a destoar do(a) líder de serviço, assim minando a respectiva autoridade e criando ruído objectivamente favorável aos adversários. Com especial autoridade (também), os delegados - convém sublinhar que 3/5 dos congressistas - expressaram a sua revolta perante os desmandos de certas 'elites', sempre mais preocupadas com agendas próprias do que com os objectivos últimos do partido enquanto um todo. Pese embora esta prática não seja nova no PSD - urbanos/rurais,

Mafra chama Belém... escuta?

É bem certo que a vingança se serve fria... Ainda agora, no Congresso de Mafra do PSD, Pedro Santana Lopes desferiu uma crítica mortal para Cavaco Silva. 'Regressando' ao seu tempo de primeiro-ministro e a um célebre artigo de jornal, Santana perguntou a Cavaco se é Sócrates a 'boa moeda'. Certeiro! Porque se verificou (uma vez mais) a justeza daquele dito popular "atrás de mim virá quem bom me fará". De facto Santana poderá não ser 'boa moeda' - a sua inconstância, o jeito de 'enfant terrible' não ajudam - mas Sócrates é pior, muito pior. A Pedro Santana Lopes pode apontar-se muita coisa, mas jamais, JAMAIS, se levantaram dúvidas sobre a sua probidade e seriedade. Está tudo dito!

País de caca

Esta notícia fez-me lembrar uma anedota velha, velha, que se contava entre amigos, aqui há muitos anos. Num café de uma cidade de província, um homem sozinho a uma mesa, falava mais ou menos entre-dentes: "País de merda... País de merda... País de merda". De uma mesa próxima, levantou-se um indivíduo e deu-lhe voz de prisão. "Preso, eu? Porquê?" "Preso porque está a dizer mal de Portugal!' "Eu?... A dizer mal de Portugal? Como pode dizer isso? Eu só disse país..., como pode dizer que eu falei de Portugal?" O indivíduo hesitou, mas acabou por voltar à sua mesa, aparentemente convencido. E o homem continuou a lenga-lenga: "País de merda... País de merda..." O indivíduo aguentou aquilo um bocado mas, subita e resolutamente, levantou-se e deu mesmo voz de prisão ao homem: "O senhor está preso, porque o único país de merda que eu conheço é o nosso!"

Verdades de geometria variável

Há uns anos largos (oito, se a memória não me falha) o PSD (com Isabel Damasceno) venceu as eleições para a Câmara Municipal de Leiria, defrontando, entre outras, uma lista de independentes que tinha como primeiro candidato um conhecido militante social-democrata chamado Hélder Roque. Na noite da vitória, e durante o discurso/proclamação que dirigiu aos apoiantes reunidos na sede, o então líder concelhio, José António Silva, 'prometeu' a expulsão aos militantes do PSD que tinham integrado outras candidaturas. É verdade que nunca se soube mais nada sobre tais 'expulsões', mas é também verdade que pelo menos os mais conhecidos entre os militantes em causa nunca mais foram vistos em actividades/iniciativas do PSD. Os estatutos são, hoje, basicamente os mesmos de então, mantendo a 'pena' de expulsão para quem 'ajude' os adversários do partido. Não me recordo, desse tempo, de qualquer coro de ofendidos contra a 'promessa' de José António Silva. M

Mais vestes rasgadas...

A escolha de Isabel Damasceno como candidata a Leiria levou à derrota e, agora, à expulsão dos que desafiaram o partido A sério? Quem foi o ‘cientista’ que provou que com outro candidato o resultado seria diferente? E se o DN teve acesso à carta (de denúncia da situação) não leu o que dispõem os Estatutos do PSD? A expulsão é automática a partir do momento em que se participa em lista adversária, com vitória, com derrota ou com empate!… A derrota do PSD na Câmara de Leiria, abriu uma guerra na estrutura local do partido, sem fim à vista. Ai há uma guerra? E sem fim à vista? Coisas que os jornalistas sabem… Agora, um grupo de 35 militantes que se envolveram em candidaturas de outros partidos foi expulso - recebendo a comunicação formal na semana passada. Na lista (negra) do partido constam vereadores, presidentes de junta e outros autarcas eleitos nas listas do CDS-PP e do PS. É o caso de Beatriz Vaz, que concorreu à Junta de Freguesia da cidade, pelo CDS. "Isto é um acto de vi

Só coisas que m’apoquentam…

Cinco ex-militantes do PSD [de Leiria], expulsos do partido por terem integrado outras listas nas eleições autárquicas, criticaram hoje a Comissão Política Nacional (CPN) do partido por não os ter ouvido antes da decisão final. Beatriz Vaz, uma das ex-militantes expulsas, que falou em nome da maioria dos 35 ex-membros, lamentou que o Conselho de Jurisdição Nacional se “limitasse a expulsar militantes, sem previamente ouvir os interessados ou as respetivas concelhias”. Que pena tão grande! Mas… Não é a CPN que expulsa, mas sim o Conselho de Jurisdição Nacional (Artº 9º dos estatutos: 3. Cessa a inscrição no Partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional, regional ou local em candidatura adversária da candidatura apresentada ou apoiada pelo PPD/PSD). Portanto… já sabiam! O pedido de expulsão foi assinado por nove sociais democratas, que concorreram à Câmara de Leiria. Para estes ex-militantes, esta atitude foi um “ato de vingança por terem perdido as ele

Um grande 'bem hajam' para jornalistas e opinadores

O que estamos a viver resulta, principalmente, do que Sócrates, o PS e o Governo fizeram nos quatro anos e meio que durou a anterior legislatura. Somado, naturalmente, ao que Guterres, o PS e os seus governos fizeram a partir de 1995. Não vale a pena disfarçar, disparar para os dois (pequenos) governos PSD/CDS de Durão e Santana, atribuir culpas à 'conjuntura internacional' e outros factores exógenos. Os problemas estão cá dentro. Mas nisto tudo, há mais culpados. Com alguns jornalistas (e órgãos de comunicação social) e muitos opinadores nesta segunda linha. Consciente e/ou inconscientemente, são parte do problema, por muito que agora rasguem as vestes e escrevam contra Sócrates, Teixeira dos Santos e o PS. Pelo menos nos últimos quatro anos foram activos cúmplices do embuste e da mistificação, desviaram as atenções, engoliram de bom grado todas as patranhas que lhes ofereceram. Não houve espírito crítico, não houve perguntas, não houve dúvidas. 'Verdade' revelada

Avé César, nós que vamos morrer...

Duas notícias separadas por quatro dias trouxeram-me à memória a frase atribuída aos gladiadores dos circos romanos. E quais são essa notícias? 1. "Portugueses são muito tolerantes com a corrupção" (no Público de dia 5). Segundo (mais um) especialista, "cerca de 63 por cento dos portugueses toleram a corrupção desde que produza efeitos benéficos para a população em geral"... 2. "Governo esmaga classe média" (no Correio da Manhã de dia 9). Em causa as medidas anunciadas no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento e que, depois de um zapping pela generalidade dos títulos da Comunicação Social, permite concluir que vêm aí mais tempos dificílimos para os sacrificados do costume. E que tem uma notícia a ver com a outra? Tem que em Setembro passado (seis meses, portanto) houve eleições legislativas. E tem que, já nessa época, se levantavam vozes suficientes alertando para o que aí viria. E tem que, já nessa época, havia suficientes indícios de co

Um pouco de justiça... finalmente!

Trinta e cinco (ou 36) militantes do PSD foram identificados, em Outubro passado, em listas concorrentes às do PSD nas eleições autárquicas de Leiria. Um grupo de (outros) militantes fez chegar aos órgãos nacionais do partido uma comunicação em que denunciava tal situação; de acordo com os estatutos, esse gesto implica a expulsão inapelável. Estes meses todos passados, eis que a Comunicação Social dá conta do veredicto: expulsos! Fez-se justiça! Justa, mas algo demorada... Eis senão quando, Sª Exª o Presidente da Concelhia (que ao tempo dos factos fez os possíveis e os impossíveis por ser candidato a presidente da Câmara e, preterido, fez tudo para ajudar o candidato do PS) vem lamuriar-se que não foi ouvido sobre o assunto e revelar que muitos dos agora expulsos já se tinham desvinculado. Diz isso agora, porque quando foi ouvido pelos OCS à data do conhecimento público da comunicação aos órgãos nacionais verteu lágrimas de crocodilo argumentando que esses indivíduos tinham-se vist

Esta palavra... ruptura

O meu apoio imediato à candidatura de Paulo Rangel à presidência do PSD sustenta-se nesta palavra 'mágica': RUPTURA. Sim! É isso que urge! Romper com práticas antigas de duas décadas. Romper com o 'bloco central dos interesses', esse 'governo não escrutinado' de que fala Pacheco Pereira e que, antes dele, Henrique Neto 'baptizou'. Romper com uma paz podre (ou guerra aberta?) que consome o PSD e a que Santana Lopes se refere hoje na entrevista ao 'Sol'. Romper com o deixa andar e o 'faz que se opõe mas não opõe' que marca os nossos dias. Romper com o calculismo e as solidariedades espúrias, promiscuas e... pornográficas que nos 'mandam' proteger os 'nossos' e atacar os 'deles', mesmo que sejamos todos do mesmo 'clube'. É tudo isto que determina o meu apoio, como há dois anos me levou a apoiar Manuela Ferreira Leite (em nome da VERDADE das coisas) e, há quatro anos, a apoiar Cavaco Silva (em nome da seried

Um grande dia

Quando comecei a desenhar este novo poiso, nem tinha bem ideia de como o começar. Sabia apenas que queria um novo sítio para ir registando algumas impressões, opiniões e reflexões, que substituísse o poiso antigo (demasiado desactualizado para justificar recuperação). Mas o anúncio da candidatura de Paulo Rangel à presidência do PSD caiu como 'sopa no mel'. Fica registada a minha posição político-ideológica... E fica registado o meu apoio a quem penso que vai ser um grande líder do PSD. O que ouvi há poucas horas é uma excelente promessa para o futuro. Registo de forma particular uma palavra: ruptura ! É disso que precisamos: de romper com este pântano, com esta generalidade de políticos de plástico que funcionam em circuito fechado; que falam para os outros políticos e para os meios de comunicação, num 'dialecto' cada vez menos inteligível pelos cidadãos. Precisamos de romper com esta lógica aparelhista que contamina todos os partidos e afasta os cidadãos da res p