Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2012

Uma grande perda

Quando conheci o eng. Ribeiro Vieira? Salvo erro na Assembleia Municipal de Leiria. Ou na (re)fundação do 'Jornal de Leiria', quando me convidou para colunista. Pouco importa o pormenor. Antes disso já ele tinha sido vereador da Câmara Municipal. E 'militar de Abril'. E já era empresário. Fizemos a par muitos anos de caminho. Nos jornais (cada um no seu), na ADLEI, nos Congressos de Leiria e Alta Estremadura, em campanhas eleitorais... Trabalhei mais directamente com ele, por dois períodos, na Jorlis. No 'Jornal de Leiria', no 'Correio de Pombal' e no 'Região de Cister'. Foi um homem importante para a região e um homem interessante no contacto pessoal. Um homem que ajudou muita gente, que se empenhou em muitas causas, que ouvia muita gente. Nem sempre fácil, mas justo. Gostava do risco (dizia muitas vezes que não sabia trabalhar sem concorrência). Gostava da sua terra. Por isso esteve em tanto 'sítio', por isso sonhou os jornais,

Concentradíssimos

Há muito, muito tempo, era a abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil. Não foi… porque não. Há muito tempo, era o novo aeroporto de Lisboa na Ota. Não foi porque a localização era má (e não temos dinheiro nem para ali nem para outro sítio). Há algum tempo, era o TGV com estação em Leiria (e o ‘Arco do Oeste’, lembram-se?). Também não foi porque não temos dinheiro. Há mais tempo ainda (muito mais tempo!) era a Linha do Oeste com comboios. Também não é porque não temos horários (nem comboios…). Tudo isto nos foi sucessivamente prometido, garantido, projectado, anunciado, reprometido, regarantido, reprojectado, reanunciado, a um ritmo mais ou menos quadrienal. A par (e antes, e depois e em vez de…) de tudo isto, que em conjunto ou separadamente muito contribuiria para o desenvolvimento e a projecção da região, fomos paulatinamente perdendo os (poucos) centros de (alguma) decisão que mantínhamos. Enquanto o discurso oficial elogiava e propagandeava a desconcentração, a d

Direitos e garantias

Em Maio do ano passado foi notícia a aprovação de um sistema de videovigilância para o centro da cidade de Leiria. Nessa ocasião, expressei aqui a minha discordância, em nome de superiores (acredito eu) direitos individuais e da convicção (que mantenho) de que não está esgotada a capacidade de actuação da PSP. Agora, e a propósito do ruído e do horário de funcionamento dos bares, leio no ‘Região de Leiria’ uma “proposta” de constituição de grupos de ‘voluntários’ destinados a (e cito) “monitorizar a ordem pública no centro histórico de Leiria”. Não discuto a ‘bondade’ da ideia, tal como não questiono as intenções que determinaram a aprovação da videovigilância. Mas são ambas iniciativas perigosas, daquelas que sabemos como começam mas não sabemos como acabam. Por outro lado, ambas constituem a admissão, por parte da sociedade, da incapacidade das forças de segurança para assegurarem uma das funções primordiais do Estado: garantir a segurança e os direitos das pessoas. Conclusão peri