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A forma como o PSD está a morrer é a forma como morrem as democracias

O José Manuel Fernandes e o 'Observador' vão perdoar-me por ter 'saltado' a necessidade de assinatura para ler este texto. Ele (texto) é demasiado importante para ficar apenas para os assinantes do 'Observador'. Sinto necessidade de o partilhar com alguns amigos social-democratas. Aqui fica: «Não sei se no PSD se tem noção do espectáculo que estão a dar ao país. E se se tem percepção da quase indiferença com que o país segue as peripécias peripatéticas da corrida à liderança do ainda maior partido da oposição. E sim, o ainda que escrevi na frase anterior não está lá por engano ou por acaso: quando o ainda presidente do partido se entrega a graçolas sobre o menino Zéquinha onde se cometem erros próprios desse mesmo menino Zéquinha (um economista que confunde percentagens com pontos percentuais) estamos já num nível de degradação de que é muito difícil sair. Mas se isto é a caricatura, o que a eleição deste fim-de-semana nos mostra é um campo de ruínas povoad
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Hoje, há 75 anos… Hoje, há 75 anos, ocorreu uma operação militar – ímpar até à data – fundamental para a Europa que somos. Hoje, há 75 anos, milhares de jovens e menos jovens atravessaram o Canal da Mancha para dar luta às forças de um dos piores regimes políticos da nossa História universal. Grande parte desses jovens, se não mesmo a maioria, nem sequer eram europeus. Parte significativa deles, provavelmente, nem saberia bem por que iriam lutar (e morrer). Hoje, espero, não haverá dúvidas sobre as razões da luta. Tratava-se de eliminar uma ditadura profundamente sanguinária, genocida, absolutamente desumana, fundada na superioridade de uma ‘raça’ sobre todas as outras e na ‘obrigação’ de destruir algumas dessas ‘raças’ e escravizar as restantes. Esta luta, que escrita parece simples, mobilizou milhões de pessoas, de dezenas de países, origens e culturas, unidas pelos superior objectivo de restabelecer a dignidade humana e estabelecer ou restabelecer os fundamentos da D

A Natureza não perdoa

“Não se metam com a Natureza! Ela ganha!” (no Facebook da minha sobrinha mais velha, a propósito da Praia do Pedrógão) O que está a acontecer na Praia do Pedrógão, embora tenha perigosamente acelerado, anunciava-se há décadas. É justo lembrar José Nunes André e outros que, desde os anos 90 do século passado, vinham alertando para o fenómeno. Não há uma razão única para o desaparecimento do areal, mas há uma que é gritante e que só interesses locais justificam. O prolongamento dos molhes da foz do Mondego, em benefício exclusivo do porto, retém indevidamente milhares de metros cúbicos de areia, provocando o recuo da costa para Sul. Neste curto espaço é impossível enumerar razões técnicas, mas o efeito está à vista numa simples consulta ao Google Earth: logo a Sul da Figueira, vejam quantos esporões foram necessários para manter uma praia. Ao longo de todos estes anos não faltaram avisos, alertas, protestos, etc. Como não faltou displicência ou ignorância. É essencial, para manter

In vino veritas

“Só se bebe branco quando não há vinho” (dito jocoso de alguns apreciadores de tinto) Pela primeira vez (desde 1975), amanhã vou beber branco à mesa. Pela primeira vez, não há, na mesa, nenhum tinto que me cative, que me desperte atenção, que, simplesmente, mereça uma experiência. Portanto, e como não ir à mesa é impensável, vou escolher branco. Sei (porque têm estado em exposição por estes dias) que vai haver cinco tintos disponíveis, mas desde o tipo de garrafa ao rótulo, passando pela gargantilha, rolha e contra-rótulo, nada daquilo me agrada. Diz-se que a primeira prova é feita com os olhos e, logo aí, passo! Garrafas desadequadas, mau grafismo e cores berrantes e agressivas nos rótulos, contra-rótulos palavrosos mas vazios de informação útil… Há de tudo. E as regiões? Um é de uma região estrangeira (não confundir com legião estrangeira sff) que nem sabia que produzia vinho. Outro de uma zona mais conhecida por outras iguarias (secas, se me faço entender). Outro ainda de uma região

Até sempre

Cumpra-se, então, a tradição. As minhas escolhas do ano que acaba: O melhor de 2012 A designação do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha como melhor museu português de 2012. Não é preciso gastar muitas palavras para justificar a minha escolha: um projecto bem elaborado e bem executado, que presta tributo à visão e capacidade de realização do Município. Parabéns à Batalha! O pior de 2012 O processo de ‘reestruturação’ do mapa autárquico ao nível das Freguesias. A começar pelos pressupostos vertidos na legislação e a acabar na recusa, em muitos casos, em participar no processo. Registei aqui, mais que uma vez, a minha discordância, mas também aqui escrevi que seria mais útil participar do que ficar de fora simplesmente a criticar. Os resultados já estão à vista e não auguram nada de bom: ninguém ficará bem na fotografia. Este texto encerra esta coluna. É entendimento meu e da Direcção do ‘Região de Leiria’ ser tempo de colocar um ponto final nesta forma de colaboração. Dois an

Sobre a sensatez

Quando, há cerca de 15 dias, Isabel Jonet fez algumas afirmações mais ou menos contundentes numa estação televisiva, logo a indignação ululante que pretende dominar a nossa cena pública se ergueu nas ‘redes sociais’, com conveniente propagação nos meios do costume, contra aquela ‘saudosista do estado novo’. Que isto e mais aquilo, que a ‘caridadezinha’ para aqui e os ‘pobrezinhos’ para ali, que Isabel Jonet insultara os ‘portugueses’, que ‘jamais’ voltariam a contribuir para os Bancos Alimentares (será que contribuíram alguma vez?). Lançaram-se até umas quantas ‘petições públicas’ contra a senhora (que não conheço para além das suas aparições televisivas), a ‘exigir’ a sua demissão do Banco Alimentar (a propósito: ninguém se ocupa da contabilidade dessas ‘petições’? porquê?) Este fim-de-semana, se necessário fosse, a normalidade foi ‘reposta’. Os portugueses (sim! os de carne e osso) levantaram-se e entregaram aos Bancos Alimentares qualquer coisa como três mil toneladas de bens alim

A José Travaços Santos

Perdi a conta aos anos que passaram desde que conheci José Travaços Santos. Provavelmente ‘conheci-o’ nos jornais locais, ainda na idade do chumbo, quando Travaços Santos colaborava com os títulos então existentes: o ‘Região de Leiria’, o ‘Mensageiro’ e ‘A Voz do Domingo’. Pessoalmente, creio, conheci-o quando comecei a ‘gatinhar’ aqui mesmo no ‘Região de Leiria’. E se não me recordo de quantos anos passaram, lembro-me perfeitamente do entusiasmo e dedicação que José Travaços Santos colocava em tudo quanto se envolvia. E tanto em que ele se envolvia… E tanto que José Travaços Santos sabe da nossa História, das nossas tradições, dos nossos costumes, dos valores de um Povo que ele conhece como poucos… E tanto que se dedicou a divulgar o que sabe. Outros, mais do que eu, saberão dar testemunho do que foi a vida associativa e o envolvimento cívico de José Travaços Santos. Eu apenas posso dar testemunho da sua simpatia e permanente disponibilidade para partilhar os seus vastos conhecime