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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Já basta!

Uma notícia num dos jornais de hoje (escrevo na terça-feira, dia 22) levou-me a alterar o texto que tinha pensado escrever para partilhar com os leitores do ‘Região de Leiria’. Li que o Tribunal Constitucional alterou novamente o “apuramento final” da eleição presidencial de 23 de Janeiro passado. Li e pasmei… Um mês depois do acto eleitoral, e 15 dias antes da tomada de posse do ‘novo’ Presidente da República, ainda não se sabe quantos votos teve cada candidato? Pior… nem sequer se sabe quantos somos nós, eleitores portugueses? Em linguagem popular muito em voga, isto é mau de mais para ser verdade. É (era) impensável que uma ‘coisa’ destas pudesse acontecer em Portugal, perto de quatro décadas depois do 25 de Abril. A recente eleição presidencial já ficara marcada pela confusão, inexplicada, do que posso designar como ‘abstenção forçada’ de um número incalculável de eleitores. Uma ‘nódoa’ que jamais poderá ser ‘limpa’ e que desprestigia a política portuguesa muito para além do

A Democracia tem preço?

“À excepção de todos os outros sistemas criados, a democracia é o pior deles” (frase atribuída a Winston Churchill) Mais uma vez, subiu à praça pública o tema (recorrente) da diminuição do número de deputados na Assembleia da República. E, como habitualmente, duas ‘teses’ se defrontam: os sim’s (agora reforçados pela ‘crise’) e os não’s (invocando o fim da proporcionalidade). Como habitualmente, o debate centra-se no acessório e esquece o essencial. Não tanto como habitualmente, insiste-se no desperdício de gastar tanto dinheiro. Repugna-me que se discuta a Democracia com base no seu ‘preço’: a Democracia será sempre ‘cara’ se não for… democracia; será sempre ‘barata’ se for… democracia. A nossa Democracia é cara porque funciona mal (veja-se o caso inacreditável da ‘abstenção forçada’ nas recentes eleições presidenciais) e não porque tem X ou Y deputados (ou ministros, ou secretários de Estado, ou…). A nossa Democracia é cara porque os deputados não representam nada nem ninguém: