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Mostrando postagens de abril, 2010

Carta a uns #%#§&$£€ que não conheço

Teve hoje destaque em praticamente toda a comunicação social um conjunto de ‘ideias’ dadas à luz pelos ‘patrões dos patrões’. Querem os senhores (Confederações da Indústria e do Turismo) ‘moralizar’ o subsídio de desemprego… E então, propõem o seguinte (entre outras medidas): - Ninguém pode ter um subsídio maior que o salário (creio que por lei, é igual a 65 por cento deste); - O montante do subsídio deve diminuir ao longo do período de desemprego; - O subsídio só deve ser concedido a quem não tenha outras fontes de subsistência; - Obrigatoriedade de prestar ‘serviço social’ (seja lá o que isso for e mesmo que à custa de postos de trabalho existentes). Não se pode dizer que tenha ficado admirado. Em boa verdade nem esperava outra coisa… Basta reparar, com alguma atenção, para a vida que aqueles ‘desgraçados’ levam, os carros que têm sido obrigados a vender (no primeiro trimestre deste ano, e comparando com o do ano passado, a Maserati viu as suas vendas crescer 200 por cento

Só não me calha o euromilhões...

Certinho, direitinho! Quando ontem aqui me manifestei a propósito de uma notícia do 'Diário de Leiria', apontei o que aconteceria na edição de hoje, salvaguardando apenas que apostas só (ocasionalmente) no euromilhões. Meu dito, meu feito... O assunto é, hoje, manchete ( aqui e aqui )! Mas não só. É manchete mas não reflecte o que efectivamente se passou durante a reunião da Câmara Municipal de Leiria. Francamente, não é grande novidade para mim, mas podia haver um pouco de vergonha. Se já é mau que, com apenas seis meses de mandato, já se estejam a trocar acusações de 'mentirosos', mais grave é que os cidadãos fiquem com versões 'coxas' ou deturpadas do que se está a passar. Afinal, para que assistem os jornalistas às reuniões de Câmara e Assembleia Municipais (e genericamente a todos os eventos)? Para relatar os factos ou para transmitirem a sua versão dos factos? Li (e aprendi) há muitos anos, de um jornalista que muito respeito, uma frase que é lap

Os estudantes, o ruído e outros disparates

Para variar, a população queixa-se do ruído (da ‘semana académica’) e os estudantes (ou alguém por eles…) queixa-se da população. É fatal como o destino. Na ‘recepção ao caloiro’ e na ‘semana académica’ as queixas multiplicam-se e o argumentário (a favor) repete-se. Ano após ano, após ano, após ano… Que fazer? (perguntaria Lenine…) Acabar com as manifestações estudantis não é, obviamente, solução. Esvaziar a cidade, deixando-a temporariamente aos estudantes, também não. Afastar o ‘recinto’, tanto quanto possível, das habitações é o que vem sendo feito nos anos recentes, provavelmente com algum sucesso mas sem deixar de importunar algumas dezenas (ou centenas) de habitantes. Parece-me do senso comum que é inevitável controlar os decibéis, procurando um compromisso entre o direito ao descanso (da esmagadora maioria da população) e o direito à diversão (da esmagadora maioria dos estudantes). Mas não. Aparentemente, os estudantes (e/ou alguém por eles, e/ou porta-voz deles) sentem-s

Por que será?

O 'Diário de Leiria' de hoje dá conta que os vereadores da oposição acusam o Presidente da Câmara de Leiria de ter mentido. Em causa está a aprovação do novo quadro de pessoal da Autarquia, que foi objecto de apreciação na reunião da Assembleia Municipal realizada na sexta-feira passada e que provocou o abandono da sala por parte dos vereadores da oposição. No texto em causa, o Presidente da Câmara remete explicações para a reunião de Câmara que aconteceu hoje. Se seguirem o link acima, todavia, não vão encontrar a notícia, pois ela não está disponível on-line. Aliás, na edição em papel não há sequer uma chamada de primeira página. Estou muito curioso de ver o que acontece na edição de amanhã... Melhor: nas edições de amanhã: em papel e on-line. Se eu gostasse de apostas (para além do ocasional Euromilhões), apostaria que a resposta terá um destaque maior (ou mesmo muito maior) que o facto que lhe deu origem. Critérios...

Devia ficar orgulhoso?

Feliciano Barreiras Duarte ocupa, desde anteontem, o lugar de chefe de gabinete do novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, o que marca o regresso do social-democrata ao 'núcleo duro' do partido. (Diário de Leiria, 14 de Abril de 2010) Confesso a minha ingenuidade! Domingo passado, quando li a composição dos novos órgãos dirigentes do PSD, estranhei a ausência dessa figura maior que é Feliciano Barreiras Duarte! Embora houvesse rumores sobre problemas de relacionamento entre alguns dos apoiantes de Pedro Passos Coelho no nosso Distrito, francamente nunca me passara pela cabeça que FBD ficasse de fora. Comentei até a situação com algumas pessoas, parecendo-nos que neste caso vencera a facção maioritária na Distrital. Conclusão reforçada com a presença de Fernando Costa na vice-presidência do Congresso e de Conceição Bretts na Comissão Política. E de Telmo Faria (simplesmente) no Conselho Nacional. Afinal… afinal havia outro (cargo)! Eis, pois, FBD chefe de gabinete do Presi

A ‘reestruturação’ dos bombeiros municipais de Leiria

Fernando Curto criticou ainda a divisão do território municipal em quatro partes, face à existência de igual número de corporações de bombeiros. “A Lei diz que nos municípios onde há bombeiros profissionais cabe a estes a responsabilidade jurídica e operacional e, em Leiria, há três partes que estão entregues aos bombeiros voluntários que não sabemos como, com que efectivos e em que modo”, referiu o dirigente. Fernando Curto atribuiu estas alterações ao comandante dos bombeiros e ao presidente da autarquia de Leiria, adiantando esperar de Raul Castro a reestruturação da corporação. (Público on-line, 5 de Abril de 2010) Já perdi a conta aos anos em que andamos a ouvir este ‘profeta da desgraça’… Há bem mais de uma década, seguramente, que este senhor, Fernando Curto de seu nome e em tempos idos bombeiro de Lisboa, (per)corre o País antecipando as maiores catástrofes, os maiores desastres, as maiores calamidades porque as corporações de bombeiros não funcionam como devem. Admito que

Por que non te callas? (parte III e derradeira)

É a opinião do mentor político de Pedro Passos Coelho que, após as eleições directas de 26 de Março, decidiu continuar na sombra. Ângelo Correia acredita que o novo líder vai deixar aos congressistas e ao país "duas ideias muito fortes", num sinal de demarcação em relação ao PS e à anterior direcção. (Jornal de Notícias, 5 de Abril de 2010) Cada vez que Ângelo Correia fala, Pedro Passos Coelho vê diminuído o seu espaço de afirmação. Tido em alguns sectores (e no texto do JN lê-se isso sem margem para dúvidas…) como um ‘produto’ de Ângelo Correia, e por isso condenado a fazer figura de ‘voz do dono’, Pedro Passos Coelho não pode continuar a admitir passivamente esta situação. Sob pena de se tornar, aos olhos dos Portugueses, nisso mesmo: uma espécie de papagaio. Conhecendo o Pedro aos anos que conheço, talvez devesse ter começado por uma espécie de ‘declaração de interesses’: o Pedro pensa pela sua cabeça, por mais pessoas que ouça e com quem se aconselhe. Por isso, tem t

Feios, porcos e maus

A situação que se vive em toda a bacia do Lis é bem o reflexo do que atrás ficou escrito: um crescimento urbanístico desregrado que invade terrenos agrícolas e asfixia os espaços verdes sem criar outros, um crescimento industrial descuidado e sem qualquer preocupação ambiental, uma proliferação de explorações pecuárias sem ordem nem método que libertam os efluentes para qualquer lado. O resultado é visível: uma bacia hidrográfica, de grandes potencialidades, seriamente ameaçada e de onde o peixe desapareceu, mas cujas águas ainda regam os vegetais que consumimos diariamente. (…) Há que sentar à mesma mesa os responsáveis pelos vários organismos (…) intervenientes, desde a Secretaria de Estado do Ambiente e Recursos Naturais aos agentes económicos, e estabelecer um programa específico de acções (…) que atenuem a pressão da poluição sobre o meio ambiente. (Jornal de Leiria, 8 de Julho de 1988) O constante crescimento populacional, o desenvolvimento industrial e o advento da pecuária