A ‘reestruturação’ dos bombeiros municipais de Leiria

Fernando Curto criticou ainda a divisão do território municipal em quatro partes, face à existência de igual número de corporações de bombeiros. “A Lei diz que nos municípios onde há bombeiros profissionais cabe a estes a responsabilidade jurídica e operacional e, em Leiria, há três partes que estão entregues aos bombeiros voluntários que não sabemos como, com que efectivos e em que modo”, referiu o dirigente. Fernando Curto atribuiu estas alterações ao comandante dos bombeiros e ao presidente da autarquia de Leiria, adiantando esperar de Raul Castro a reestruturação da corporação.
(Público on-line, 5 de Abril de 2010)

Já perdi a conta aos anos em que andamos a ouvir este ‘profeta da desgraça’… Há bem mais de uma década, seguramente, que este senhor, Fernando Curto de seu nome e em tempos idos bombeiro de Lisboa, (per)corre o País antecipando as maiores catástrofes, os maiores desastres, as maiores calamidades porque as corporações de bombeiros não funcionam como devem.
Admito que haja problemas graves, que haja lacunas inadmissíveis, mas alguém devia contar a este senhor e aos seus seguidores a velha história do pastor e do lobo: tanto gritou em vão que, quando o lobo surgiu já ninguém o socorreu.
Agora é (de novo…) Leiria que está em grande risco, porque os Municipais terão menos um ou dois profissionais em cada turno… Vem aí o caos, o fim do mundo, adensam-se nuvens de desgraça e calamidade sobre as cabeças dos leirienses!
Não fazendo as coisas pela metade, o senhor Fernando Curto e seus seguidores exigem o afastamento do Comandante e a ‘reestruturação’ da corporação.
Haja decência! E, principalmente, sentido de responsabilidade e proporção.
Conheço o Comandante, Artur Figueiredo, e tenho a melhor impressão a seu respeito. Sem alardes, está a fazer um bom trabalho e razão tem Raul Castro, o Presidente da Câmara, para dizer que o vai manter no lugar.
Quanto à ‘reestruturação’ dos Bombeiros Municipais ‘exigida’, creio que isso poderá soar como música aos ouvidos do Presidente da Câmara. Obcecado como se tem revelado com os números, ainda aproveita a ‘reivindicação’ para, pura e simplesmente, extinguir os Municipais e entregar a segurança às três corporações de Voluntários, tão subrepticiamente criticadas por Fernando Curto.
Algures no Concelho, sei de alguém que, com esta ‘prenda’ abriria uma garrafa de champagne…
Será Fernando (e quem o acompanha) tão curto de inteligência que não perceba estar com a mão na tampa da caixa de Pandora?