Por que non te callas? (parte III e derradeira)

É a opinião do mentor político de Pedro Passos Coelho que, após as eleições directas de 26 de Março, decidiu continuar na sombra. Ângelo Correia acredita que o novo líder vai deixar aos congressistas e ao país "duas ideias muito fortes", num sinal de demarcação em relação ao PS e à anterior direcção.
(Jornal de Notícias, 5 de Abril de 2010)


Cada vez que Ângelo Correia fala, Pedro Passos Coelho vê diminuído o seu espaço de afirmação.
Tido em alguns sectores (e no texto do JN lê-se isso sem margem para dúvidas…) como um ‘produto’ de Ângelo Correia, e por isso condenado a fazer figura de ‘voz do dono’, Pedro Passos Coelho não pode continuar a admitir passivamente esta situação. Sob pena de se tornar, aos olhos dos Portugueses, nisso mesmo: uma espécie de papagaio.
Conhecendo o Pedro aos anos que conheço, talvez devesse ter começado por uma espécie de ‘declaração de interesses’: o Pedro pensa pela sua cabeça, por mais pessoas que ouça e com quem se aconselhe. Por isso, tem tudo a perder com esta situação.
Tendo vencido as directas pela margem que sabemos, agora a palavra cabe ao Pedro ou a quem ele delegar. Não cabe, de todo, a ‘mentores’, ‘conselheiros’, ‘fontes próximas’, ‘apoiantes’ ou qualquer outra fórmula que se arranje à laia de máscara.
Não sei se Ângelo Correia se está a colocar em bicos de pés ou se está a tentar marcar o território. Porque de todo, e nele, não acredito em ingenuidades!
Sei, isso sim, que está a prejudicar o Pedro, a afirmação da sua liderança e a clareza com que a mensagem deve chegar aos destinatários. Sejam eles os Portugueses, o Governo e o PS ou os militantes do PSD.
Com amigos destes, o Pedro não precisa de inimigos…
Chega de ruído e de condicionamento! Alguém tem que mandar calar Ângelo Correia. Já!

(As partes I e II estão apenas disponíveis no Facebook e Twitter e limitam-se a 'linkar' notícias semelhantes a esta)

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