Os estudantes, o ruído e outros disparates

Para variar, a população queixa-se do ruído (da ‘semana académica’) e os estudantes (ou alguém por eles…) queixa-se da população.
É fatal como o destino. Na ‘recepção ao caloiro’ e na ‘semana académica’ as queixas multiplicam-se e o argumentário (a favor) repete-se. Ano após ano, após ano, após ano…
Que fazer? (perguntaria Lenine…)
Acabar com as manifestações estudantis não é, obviamente, solução.
Esvaziar a cidade, deixando-a temporariamente aos estudantes, também não.
Afastar o ‘recinto’, tanto quanto possível, das habitações é o que vem sendo feito nos anos recentes, provavelmente com algum sucesso mas sem deixar de importunar algumas dezenas (ou centenas) de habitantes.
Parece-me do senso comum que é inevitável controlar os decibéis, procurando um compromisso entre o direito ao descanso (da esmagadora maioria da população) e o direito à diversão (da esmagadora maioria dos estudantes).
Mas não. Aparentemente, os estudantes (e/ou alguém por eles, e/ou porta-voz deles) sentem-se com direito a ditar leis. Vejam-se estas pérolas (sem corrector ortográfico):
“Infelizmente Leiria não quer uma semana académica. Todos fazem queixa do volume de som que está a ser posto”;
“Esqueçem-se é que os estudantes em Leiria são 11 mil e dão muito dinheiro a ganhar a esta cidade e muitos vivem à custa deles”;
“Quem quer sossego que vá viver para o campo”;
“A câmara de Leiria que arranje um sítio indicado para se fazer as semanas académicas e não um sítio onde quando chove temos de andar com os pés cheios de àgua”.
Não há conversa possível a partir deste ‘argumentário’…
Esteve bem o vereador Gonçalo Lopes na resposta (via Facebook).

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