Avé César, nós que vamos morrer...

Duas notícias separadas por quatro dias trouxeram-me à memória a frase atribuída aos gladiadores dos circos romanos.
E quais são essa notícias?
1. "Portugueses são muito tolerantes com a corrupção" (no Público de dia 5). Segundo (mais um) especialista, "cerca de 63 por cento dos portugueses toleram a corrupção desde que produza efeitos benéficos para a população em geral"...
2. "Governo esmaga classe média" (no Correio da Manhã de dia 9). Em causa as medidas anunciadas no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento e que, depois de um zapping pela generalidade dos títulos da Comunicação Social, permite concluir que vêm aí mais tempos dificílimos para os sacrificados do costume.
E que tem uma notícia a ver com a outra?
Tem que em Setembro passado (seis meses, portanto) houve eleições legislativas. E tem que, já nessa época, se levantavam vozes suficientes alertando para o que aí viria. E tem que, já nessa época, havia suficientes indícios de comportamentos 'estranhos' no partido da maioria, no próprio Governo e em todos os sectores que gravitam os poderes.
E tem que, apesar de tudo, os eleitores reafirmaram a posição maioritária do PS.
E tem que, mais ainda, a julgar pelas sondagens (e na linha do estudo referido em 1.) a maioria continua a dizer que votava PS.
Temos, então, a 'cama' que escolhemos: estamos mal, vamos passar (muito) mal sabe-se lá durante quanto tempo, mas gostamos!
"Avé Sócrates, nós que vamos sofrer te agradecemos".

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