Palavras sábias (digo eu...)

Quanto ao ‘terceto de Mafra’, Rangel subiu e Passos desceu, Aguiar encalhou. Será demasiado simplista, mas foi isto mesmo: a necessidade da ‘ruptura’ andou ali de boca em boca, como de certa forma já se impusera no partido e em parte do País. Mas há direitos de autor e eles são de Rangel, o único que percebeu que o PSD precisa de ideias fortes como vitaminas, vestidas de palavras sonoras para voltar a reencontrar o norte, o caminho, o golpe de asa. Rangel é um político de corpo e alma e felizmente tem apenas 42 anos. E não tem padrinhos, nem tribos, nem pertenças, um luxo no PSD.
Passos Coelho, a quem os debates televisivos correram bem, mostra-se sempre desenvolto e fluido no by the book. Fora dele, atrapalha-se, fica sem ar: patinou no ‘intimismo’, derrapou com Jardim, deu o flanco na contradição. E nem Marco António (…) nem Fernando Costa, apesar de donos de distritais pesadas, destilaram confiança: duvido que, após tê-los visto e ouvido, qualquer ser normalmente constituído tivesse vontade de lhes comprar qualquer ideia política, mesmo em primeira mão.
Quanto a Aguiar-Branco: se a sua candidatura ainda flutua é apenas por ser indispensável à de Passos Coelho. Apoiar – e defender – uma ou outra vem hoje já dar ao mesmo.
(Maria João Avilez, na revista 'Sábado' de 18 de Março)

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