Eu, denunciador, me confesso
“Se pensas que és pequeno de mais para mudar o Mundo, experimenta dormir com uma melga no quarto”
(Lido numa parede do Tribunal de Leiria)
“O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo”
(Spartacus? – também, em tempos, numa parede do Tribunal de Leiria)
Sim! Confesso que sou um dos ‘malfeitores’ que participou às instâncias competentes do Partido Social Democrata a presença, em listas adversárias das do partido, de 35 filiados do PSD.
Confesso que, com esse acto, transgredi as regras básicas reinantes na Secção de Leiria, que mandam dialogar, dialogar, dialogar, dialogar sempre e em qualquer circunstância, desde que desse diálogo resulte o cumprimento da vontade de um qualquer ‘deus’ omnipotente, omnisciente e controlador da vontade ‘livre’ dos seus apaniguados.
Confesso que interpreto mal o texto da lei vigente no PSD e que, no número três do seu artigo nono, determina que “Cessa a inscrição no Partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional, regional ou local em candidatura adversária da candidatura apresentada ou apoiada pelo PPD/PSD”.
Confesso o ‘pecado’ de acreditar que as regras são para cumprir.
Confesso o ‘pecado’ de estar convencido de que a adesão a uma qualquer organização pressupõe a aceitação das regras vigentes e que, quando alguém não se identifica com elas, simplesmente abandona a agremiação e segue outro caminho.
Confesso não me resignar com o relativismo ético que marca o dia-a-dia da nossa vida.
Confesso, ainda, que desconhecia a regra que determina a protecção da identidade dos comprovados transgressores e a denúncia de quem promove o respeito pelas normas.
Confesso-me um homem livre e, como tal, confesso tudo isto.
Tal como, de livre vontade e finalmente, me confesso orgulhoso do acto que pratiquei e de acompanhar quem, tão livremente como eu, assumiu dar a cara pelos valores em que acredita e que, como eu, gosta de ser melga e tentar mudar o Mundo.
(Publicado no 'Região de Leiria' de dia 19 de Março)
(Lido numa parede do Tribunal de Leiria)
“O medo de ser livre provoca o orgulho de ser escravo”
(Spartacus? – também, em tempos, numa parede do Tribunal de Leiria)
Sim! Confesso que sou um dos ‘malfeitores’ que participou às instâncias competentes do Partido Social Democrata a presença, em listas adversárias das do partido, de 35 filiados do PSD.
Confesso que, com esse acto, transgredi as regras básicas reinantes na Secção de Leiria, que mandam dialogar, dialogar, dialogar, dialogar sempre e em qualquer circunstância, desde que desse diálogo resulte o cumprimento da vontade de um qualquer ‘deus’ omnipotente, omnisciente e controlador da vontade ‘livre’ dos seus apaniguados.
Confesso que interpreto mal o texto da lei vigente no PSD e que, no número três do seu artigo nono, determina que “Cessa a inscrição no Partido dos militantes que se apresentem em qualquer acto eleitoral nacional, regional ou local em candidatura adversária da candidatura apresentada ou apoiada pelo PPD/PSD”.
Confesso o ‘pecado’ de acreditar que as regras são para cumprir.
Confesso o ‘pecado’ de estar convencido de que a adesão a uma qualquer organização pressupõe a aceitação das regras vigentes e que, quando alguém não se identifica com elas, simplesmente abandona a agremiação e segue outro caminho.
Confesso não me resignar com o relativismo ético que marca o dia-a-dia da nossa vida.
Confesso, ainda, que desconhecia a regra que determina a protecção da identidade dos comprovados transgressores e a denúncia de quem promove o respeito pelas normas.
Confesso-me um homem livre e, como tal, confesso tudo isto.
Tal como, de livre vontade e finalmente, me confesso orgulhoso do acto que pratiquei e de acompanhar quem, tão livremente como eu, assumiu dar a cara pelos valores em que acredita e que, como eu, gosta de ser melga e tentar mudar o Mundo.
(Publicado no 'Região de Leiria' de dia 19 de Março)
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