Oito meses depois…

O presidente da Concelhia de Leiria do PSD, ao que leio nos jornais (no ‘Região’ mais propriamente), aproveitou um momento de festa para insistir na tecla do costume. E, também como de costume, os jornais (o ‘Região’, mais uma vez…) fizeram coro.
Nada de mais! É a receita habitual. Acriticamente, sem fazer qualquer ‘trabalho de casa’, deixam-se passar como verdade absoluta declarações falsas como Judas…
Oito meses e quatro (sim, QUATRO) Conselhos de Jurisdição (dois Nacionais e dois Distritais) depois, continua por fazer-se justiça perante um processo iniciado por alguns militantes locais (entre os quais me incluo) relativamente ao processo autárquico.
Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, continua por se concluir se sim ou não José António Silva, João Costa e seus apaniguados foram co-responsáveis pela vitória do PS nas eleições autárquicas.
Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, continua sem se saber se foi inocente a escolha dos slogans da JSD e da campanha socialista (respectivamente ‘Queremos a mudança’ e ‘Em Leiria é tempo de mudar’).
Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, continua sem se saber que papel desempenhou José António Silva na escolha de alguns candidatos adversários (a segunda do PS e o primeiro do CDS para a Câmara, por exemplo).
Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, a participação de todos os factos conhecidos (e comprováveis) deve já estar a gozar o eterno descanso dos justos…
Mas, oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, José António Silva continua aparentemente de pedra e cal, ‘dono e senhor’ do que ainda se convenciona chamar PSD/Leiria. Desafiador e provocante como sempre, rodeado dos seus indefectíveis (será que são mesmo?), entronizado pela nova liderança, aclamado nos jornais (no ‘Região’, evidentemente).
Oito meses e quatro Conselhos de Jurisdição depois, em lugar da apregoada ‘pacificação’, é o facciosismo que (como sempre) domina. E, surpreendentemente, não apenas aqui na ‘base’ mas também no topo (leia-se, uma vez mais, o ‘Região’ para perceber tudo). Dos dirigentes nacionais e distritais esperar-se-ia maior clarividência e menor ‘clubite’.
A História (um dia quando isso for…) há-de provar que José António Silva e seus apaniguados foram objectivamente os fautores da derrota do PSD em Outubro passado. Mas as evidências estão todas já disponíveis e os órgãos próprios do PSD conhecem-nas. E podiam actuar. Mas, por razões que a razão conhece, preferem emular a justiça portuguesa: castigaram os fracos (os que ‘deram a cara’ por outros partidos) e pouparam os fortes (os que ‘empurraram’ aqueles).

Em jeito de post scriptum: Querem ver como se faz a ‘unidade’? A Concelhia resolveu ‘medalhar’ os filiados desde 1974. Todos? Não! Foram feitos contactos devidamente seleccionados…

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