Será em 2011?

A comunicação social (regional e nacional) tem vindo sistematicamente a alertar quem de direito para os problemas que a bacia do Rio Lis enfrenta. Uma breve consulta aos arquivos (e apenas aos dos anos 80) revela uma alternância “acidente/promessa de resolução” que dá a medida das preocupações reais que o Ambiente provoca aos responsáveis pelas entidades envolvidas e do ‘medo’ que os agressores sentem.
(Região de Leiria, 13 de Janeiro de 1989)

Há 30 anos que, fruto da explosão das suiniculturas (a maioria delas instaladas durante a década de 70 do século passado), vivemos uma constante alternância problema / promessa / adiamento.
Nesse tempo, conceitos como planeamento e ordenamento do território e defesa do Ambiente eram completa abstracção ou, quando muito, preocupação de uns quantos ‘lunáticos’.
E mesmo que a realidade de hoje não seja tão má como no período dos anos 80 e 90 do século XX, a poluição causada pela exploração pecuária intensiva constitui o principal problema da bacia hidrográfica do Lis. Pelas agressões directas que ela própria causa e, em percentagem difícil de calcular, pela ‘máscara’ que oferece a outras formas de poluição.
Neste capítulo, não há novidades nem surpresas: o diagnóstico está feito há muito, a solução está estudada (também há muito tempo).
A surpresa está (tem estado) no ‘arrastar de pés’ quanto ao arranque do projecto.
Aparentemente temos as organizações de produtores disponíveis, interessadas e empenhadas no desenvolvimento da solução estudada. Aparentemente temos parte substancial dos produtores disponíveis para participar no sistema de tratamento dos efluentes. Aparentemente, o Ministério do Ambiente está também interessado na concretização do projecto.
Aparentemente, portanto, não falta nada.
Será 2011 o ano da solução?
(in 'Região de Leiria' - "Da margem do Lis", 30 de Dezembro - versão de um outro texto publicado neste blog)

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