Comunicado dos órgãos sociais do Hapoel Tel-Aviv FC

A pedido dos dirigentes do Hapoel Tel-Aviv FC, e de forma excepcional, abaixo reproduzo um seu comunicado de hoje:

Há momentos que exigem ponderação de análise e firmeza na acção. Há momentos que obrigam a uma participação alargada na tomada de decisões porque isso fortalece a decisão. Razões suficientes que justificaram a convocação de um plenário dos órgãos sociais do Hapoel Tel-Aviv FC.
Nunca defendemos condições de privilégio, o que sempre reclamámos na nossa história foi igualdade de tratamento, isenção no momento de tomar decisões e verdade.
São estes princípios que garantem a credibilidade em qualquer sector de actividade, seja na política, na economia ou no desporto. São estes princípios que, infelizmente, faltaram na primeira jornada da fase de grupos da Champions League.
Perante a evidência de tantos erros em tão pouco tempo, a esperança de uma prova séria ainda não morreu, mas foi fortemente atingida. Aceitar com ligeireza o que se passou neste início de prova é negar o óbvio e pactuar com a mentira.
Qualquer generalização é perigosa e nós não o queremos fazer. Há árbitros competentes – temos essa consciência e essa certeza – mas, infelizmente, por acção de alguns, todos são postos em causa.
O Hapoel Tel-Aviv FC agirá sempre no estrito cumprimento da lei, não estando disponível para trilhar caminhos sinuosos que outros percorreram sem problemas de consciência e sem reparo ou castigo da justiça.
Se for outro caminho que os adeptos querem seguir, então estes órgãos sociais não servem. No nosso mandato não vamos montar uma estrutura organizada à margem da lei, nem um modelo de violência e intimidação de agentes desportivos ou jornalistas. Essa não é a nossa postura, nem a nossa forma de agir. Ganhar dessa forma é apenas alimentar uma mentira.
Da reunião do plenário dos órgãos sociais do Hapoel Tel-Aviv FC foram assumidas as seguintes orientações:
a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no início da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol.
A falta de credibilidade que está a atingir a arbitragem enfraquece o futebol e só quem não está preocupado com o futebol pode estar satisfeito com a presente situação. Não é ilibando, nem protegendo aqueles que reiteradamente erram que se protege o futebol. Há quem veja e queira fazer-se de cego. A esses, essa cegueira tem de custar-lhes caro.
O futebol protege-se agindo, assumindo as medidas necessárias para que a transparência regresse à nossa arbitragem. Quem tem responsabilidades perante a actual situação tem de se fazer ouvir.
O futebol não é viável sem verdade e sem acções. O senhor Presidente da UEFA deve pronunciar-se sobre o que se passou e sobre o que pensa fazer para o futuro. Citando Michel Platini, “os árbitros incompetentes devem ser varridos do futebol”. Pela nossa parte, acabou a tolerância com árbitros incompetentes ou habilidosos.
Cada um deve assumir as suas responsabilidades e o senhor Michel Platini tem a obrigação de garantir condições de igualdade nos critérios e na acção dos árbitros a todos os clubes em Portugal. Algo que até aqui não aconteceu.
b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde a noite de terça-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Hapoel Tel-Aviv FC que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que realiza no Bloomfield Stadium, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.
A equipa já sabe que vai ter de lutar contra muitas adversidades, algumas previstas, outras totalmente imprevistas - já o sentiu neste início de prova – e vai conseguir superá-las, mas os sócios e adeptos do Hapoel Tel-Aviv FC não devem continuar a ser lesados económica e emocionalmente.
A nossa ausência será o melhor indicador da nossa indignação.
c) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.
Queremos concluir dizendo que compete aos sócios e adeptos defender o Hapoel Tel-Aviv FC e apelando a todos para no próximo jogo no nosso estádio, darmos uma grande demonstração da nossa força e da nossa união.

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