Obrigado Moody’s

O dia 5 de Julho de 2011 poderá ficar na nossa história recente como o dia em que a Europa acordou.
No dia 5 de Julho, recordo, a agência de notação Moody’s definiu que a situação financeira de Portugal era ‘lixo’, gerando no País um movimento misto de incredulidade (face às medidas que o Governo tinha anunciado) e repulsa.
Deixando de lado as questões técnicas, que não domino de todo, vou tentar seguir o raciocínio de um amigo (que me inspirou este texto). Diz ele que o anúncio da Moody’s foi o sinal de alarme de que a Europa (pelo menos a do Euro) precisava para olhar a sério para a crise da moeda única e das economias de boa parte dos países que a integram. E que, por isso, devíamos estar gratos à dita agência.
Alguns depois, os líderes dos países do Euro aprovaram significativas alterações e complementos aos planos de ajuda á Grécia e a Portugal, diminuindo o esforço exigido para solver os respectivos compromissos.
Mas foi da Alemanha que, na minha perspectiva, veio a melhor notícia. A Alemanha, até então considerada a ‘má da fita’, anunciou uma nova versão do “Plano Marshall” para a Grécia, com o objectivo de relançar e consolidar a economia grega.
Significa tudo isto o quê?
Embora desconheça todos os contornos destas medidas e deste plano, na minha opinião estas notícias significam o (re)despertar da Europa e os primeiros passos no caminho de mais e melhor Europa. Não a Europa dos burocratas e das suas medidas legislativas, não a Europa dos discurso tão bonitos como ocos, mas uma Europa mais unida e solidária, consciente de que o todo é mais importante que a simples soma das partes (quando a soma é possível…).
Seja então… Obrigado Moody’s.
(Uma nota [local] de rodapé: A quem interessa o Estádio Magalhães Pessoa completamente vazio?)

(in 'Região de Leiria' - "Da margem do Lis", 29 de Julho)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Devia ficar orgulhoso?

Não havia necessidade!

O PSD tem conserto?