Para além da poeira
O que aconteceu nestes últimos dias na Câmara Municipal de Leiria e respectivos bastidores é demasiado importante e grave para ficar confinado ao diz-que-disse e a ‘notícias’ laterais.
O que aconteceu nestes últimos dias na Câmara Municipal de Leiria e respectivos bastidores diz respeito ao governo do Concelho, ao dia-a-dia dos seus habitantes e tem, evidentemente, efeitos sobre a nossa vida.
O ‘folhetim Leirisport’, se assim lhe podemos chamar, é uma história profundamente mal contada, assente na ‘bondade’ do cumprimento de uma promessa eleitoral (coisa bonita para colocar na botoeira do casaco).
Em primeiro lugar, durante os quase três anos deste mandato, ninguém foi capaz de explicar (e provar) por A mais B as vantagens e virtualidades da extinção da empresa municipal. Desde um célebre ‘estudo’ de uma empresa de consultadoria (é assim que se escreve?) que, como é regra, concluía o que cada um quisesse ler, até às sucessivas declarações de sucessivos ‘responsáveis’, ninguém foi capaz de provar as vantagens da extinção. E foi até preciso esperar três anos para um jornal publicar o óbvio: em termos financeiros, a Leirisport é mais vantajosa que quaisquer serviços camarários (podem ir ler aqui http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=7821, mas os factos essenciais são velhos e conhecidos há muito).
Depois, é politicamente significativo que o presidente da Câmara tenha esperado por este momento (a um ano de eleições) para cumprir uma das suas mais emblemáticas promessas eleitorais. Três anos?
Depois ainda, é interessante apreciar a ‘ponderação’ do vereador eleito pelo CDS, parceiro do PS durante três anos sem titubear. Três anos para perceber que o presidente da Câmara queria mesmo extinguir a Leirisport?
Mas o mais significativo é o que está oculto (ou mal contado):
O que se passou nestes dias?
Que razões levaram o vereador do CDS a só agora ‘bater com a porta’?
É verdade que o presidente da Câmara suspendeu o mandato e recuou quase de imediato?
É verdade que a vereadora Lurdes Machado fez o mesmo, levando a que (por minutos) o terceiro elemento da lista do PS fosse presidente da Câmara?
E, sendo verdade o que se questiona nos dois parágrafos anteriores, qual foi o papel do secretário-geral do PS nesta sucessão de factos? É verdade que ‘vetou’ a extinção da Leirisport porque haveria dezenas de despedimentos (que cairiam em cima do PS)?
Sendo verdade o que antecede, qual terá sido o papel do ‘amigo oculto’ do presidente da Câmara (e da número dois da mesma lista e do número um da lista do CDS)?
Por que razão (ou razões) o ‘nado-morto’ que é a Concelhia do PSD só faz prova de vida (ou devida?) nestas ocasiões (e sempre a benefício do presidente da Câmara)?
Esperemos que a poeira assente…
(Já agora, e em jeito de ajuda a alguns: nas Autarquias Locais não há eleições antecipadas… Há eleições intercalares)
O que aconteceu nestes últimos dias na Câmara Municipal de Leiria e respectivos bastidores diz respeito ao governo do Concelho, ao dia-a-dia dos seus habitantes e tem, evidentemente, efeitos sobre a nossa vida.
O ‘folhetim Leirisport’, se assim lhe podemos chamar, é uma história profundamente mal contada, assente na ‘bondade’ do cumprimento de uma promessa eleitoral (coisa bonita para colocar na botoeira do casaco).
Em primeiro lugar, durante os quase três anos deste mandato, ninguém foi capaz de explicar (e provar) por A mais B as vantagens e virtualidades da extinção da empresa municipal. Desde um célebre ‘estudo’ de uma empresa de consultadoria (é assim que se escreve?) que, como é regra, concluía o que cada um quisesse ler, até às sucessivas declarações de sucessivos ‘responsáveis’, ninguém foi capaz de provar as vantagens da extinção. E foi até preciso esperar três anos para um jornal publicar o óbvio: em termos financeiros, a Leirisport é mais vantajosa que quaisquer serviços camarários (podem ir ler aqui http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=7821, mas os factos essenciais são velhos e conhecidos há muito).
Depois, é politicamente significativo que o presidente da Câmara tenha esperado por este momento (a um ano de eleições) para cumprir uma das suas mais emblemáticas promessas eleitorais. Três anos?
Depois ainda, é interessante apreciar a ‘ponderação’ do vereador eleito pelo CDS, parceiro do PS durante três anos sem titubear. Três anos para perceber que o presidente da Câmara queria mesmo extinguir a Leirisport?
Mas o mais significativo é o que está oculto (ou mal contado):
O que se passou nestes dias?
Que razões levaram o vereador do CDS a só agora ‘bater com a porta’?
É verdade que o presidente da Câmara suspendeu o mandato e recuou quase de imediato?
É verdade que a vereadora Lurdes Machado fez o mesmo, levando a que (por minutos) o terceiro elemento da lista do PS fosse presidente da Câmara?
E, sendo verdade o que se questiona nos dois parágrafos anteriores, qual foi o papel do secretário-geral do PS nesta sucessão de factos? É verdade que ‘vetou’ a extinção da Leirisport porque haveria dezenas de despedimentos (que cairiam em cima do PS)?
Sendo verdade o que antecede, qual terá sido o papel do ‘amigo oculto’ do presidente da Câmara (e da número dois da mesma lista e do número um da lista do CDS)?
Por que razão (ou razões) o ‘nado-morto’ que é a Concelhia do PSD só faz prova de vida (ou devida?) nestas ocasiões (e sempre a benefício do presidente da Câmara)?
Esperemos que a poeira assente…
(Já agora, e em jeito de ajuda a alguns: nas Autarquias Locais não há eleições antecipadas… Há eleições intercalares)
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