Dos idos de Março
Enquanto ainda ecoam os efeitos dos distúrbios que marcaram o dia de greve da passada semana, é bom que não nos distraiamos do essencial. O essencial não é a greve. A greve é um direito indiscutível, concordemos ou discordemos dos seus fundamentos e da sua oportunidade. O essencial também não é a manifestação que lhe esteve associada. Pelas razões anteriores e porque esta, em concreto, decorreu com toda a normalidade. O essencial foi o que aconteceu paralelamente e que acabou por ofuscar a iniciativa original, desvirtuando-a até. O essencial foi o que se passou no Chiado, entre uma carga policial que as imagens mais conhecidas demonstram ser excessiva e o que esteve na origem dessa carga. É urgente que saibamos tudo o que efectivamente se passou. Houve ‘agentes provocadores’? Se não, o que levou as forças policiais a agir daquela maneira (desproporcionada, insisto)? Se sim, quem foram? Das respostas a estas perguntas depende muita da saúde da nossa Democracia. Em primeiro lugar por...