Ser solidário

Há cerca de um ano tive oportunidade de assistir, ao vivo, a um jogo do Barça no seu estádio.
À entrada, ainda meio atordoado com a enorme massa humana que por ali deambulava, meteram-me um saco e um folheto na mão. Hummmm… em catalão a coisa ficava meio difícil, mas afinal foi fácil. O FC Barcelona, em colaboração com algumas empresas de distribuição alimentar, desafiava os seus sócios e simpatizantes a colaborar com o Banco Alimentar local para minimizar as dificuldades de muitos dos seus conterrâneos: nos próximos jogos no estádio e no pavilhão, bastava devolver o saco que tinha nas mãos com produtos alimentares lá dentro (podia, também, fazer a doação pela internet).
Vem isto a propósito de duas iniciativas semelhantes que aconteceram recentemente em Portugal e que confirmam os Portugueses como um povo solidário.
Aconteceu em Braga e em Coimbra, por iniciativa dos clubes locais e, em resultado, foram entregues a instituições de solidariedade cerca de dez toneladas de alimentos (nove em Braga, 1.5 em Coimbra).
O futebol, sim esse assunto que enche (demasiados) jornais normalmente por razões (digamos que) pouco nobres, por uma vez não foi notícia pelos motivos habituais: não se discutiu o árbitro, as claques, a violência, a ‘alienação das massas’. Aliás, e infelizmente, quase não foi notícia por isto.
Por uma vez, o futebol deu-nos em excelente exemplo. Mostrou-nos que é fácil ser solidário, que basta um pequeno impulso para revelarmos o que de melhor existe em nós. Assim estes exemplos se multipliquem!

Costuma acontecer no Outono, mas a Leiria calhou no Inverno: em cerca de um mês caíram-nos quatro folhas importantes para a nossa vida colectiva. Quatro personalidades marcantes deixaram-nos mais pobres.
Obrigado Gentil Ferreira e Sousa, José Ribeiro Vieira, Leonel Costa e Mário Brites por tudo o que fizeram por nós.
(in 'Região de Leiria' - "Da margem do Lis", 3 de Fevereiro)

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