Brincar com coisas sérias
Voltou a aquecer a já antiga disputa em torno da possibilidade de troca de medicamentos previamente receitados. Em causa está a (próxima) prescrição por substância activa e não por nome comercial. Alega a Ordem dos Médicos que isso é perigoso, pois os medicamentos não são todos iguais nem oferecem a mesma garantia e promete, mesmo, que os médicos vão distribuir um folheto de alerta aos seus doentes. Ripostam os farmacêuticos que não pode ser colocada em causa a qualidade dos remédios, pois essa apreciação compete ao Infarmed (e, portanto, se estão à venda é porque cumprem os padrões exigidos). No meio, como sempre…, os ‘consumidores’ interrogam-se. Se os genéricos são mais baratos e se, para mais, há uns genéricos mais baratos que outros, por que não podem poupar algum dinheiro? Em quem devem confiar? Nos seus médicos? Nos seus farmacêuticos? A resposta mais natural, digamos, seria confiar nos médicos. Afinal de contas, as farmácias têm interesse económico na venda de medicamentos...