Algo de novo a Oeste?
Dizem alguns teóricos destas coisas da Comunicação que não se devem utilizar títulos interrogativos… Mas diz o povo que as regras existem para ser quebradas.
E vem este título interrogativo a propósito do tema de abertura da secção Mercado da anterior edição do ‘Região de Leiria’. Dá-nos conta o Cláudio Garcia que a CP defende a modernização da Linha do Oeste, designadamente através da respectiva electrificação e – que fartura! – da “quadruplicação” de um dos seus troços.
Se o jornalista Cláudio Garcia escreveu e o ‘Região de Leiria’ publicou é porque é verdade. A CP defende mesmo a modernização da Linha do Oeste!
A minha costela céptica manda-me desconfiar. Agora? Em tempo de vacas magríssimas? Tantos anos depois da generalidade das forças vivas da região defenderem o mesmo (alguém se lembra, ainda, de Henrique Neto enquanto candidato a deputado)? Recorrendo ao mesmo povo… quando a esmola é grande, o pobre desconfia.
Mas também tenho uma costela optimista. E ela manda-me acender uma lâmpada de esperança. Quem sabe… Quem sabe se neste momento de crise não se terá feito luz, percebendo-se finalmente que o investimento necessário terá certamente retorno.
Há dois meses escrevi aqui sobre a Linha do Oeste, perguntando-me se não seria intenção da CP encerrar a dita linha, pelo menos a Norte de Caldas da Rainha. Quero mesmo ser optimista e acreditar que não é esse o objectivo da empresa. Tanto mais que em 2010 até houve aumento de passageiros e de carga transportada. Quero acreditar que ainda é possível recuperar a Linha do Oeste como uma das veias essenciais da vida desta região.
Quero acreditar nisso, mas penso que a CP terá condições para dar outros sinais da sua vontade de investir. Porque desconfio que não haverá muita gente a acreditar no mesmo que eu enquanto se demorar, na melhor das hipóteses, três horas e cinco minutos para ir de Leiria a Lisboa.
(in 'Região de Leiria' - "Da margem do Lis", 16 de Setembro)
E vem este título interrogativo a propósito do tema de abertura da secção Mercado da anterior edição do ‘Região de Leiria’. Dá-nos conta o Cláudio Garcia que a CP defende a modernização da Linha do Oeste, designadamente através da respectiva electrificação e – que fartura! – da “quadruplicação” de um dos seus troços.
Se o jornalista Cláudio Garcia escreveu e o ‘Região de Leiria’ publicou é porque é verdade. A CP defende mesmo a modernização da Linha do Oeste!
A minha costela céptica manda-me desconfiar. Agora? Em tempo de vacas magríssimas? Tantos anos depois da generalidade das forças vivas da região defenderem o mesmo (alguém se lembra, ainda, de Henrique Neto enquanto candidato a deputado)? Recorrendo ao mesmo povo… quando a esmola é grande, o pobre desconfia.
Mas também tenho uma costela optimista. E ela manda-me acender uma lâmpada de esperança. Quem sabe… Quem sabe se neste momento de crise não se terá feito luz, percebendo-se finalmente que o investimento necessário terá certamente retorno.
Há dois meses escrevi aqui sobre a Linha do Oeste, perguntando-me se não seria intenção da CP encerrar a dita linha, pelo menos a Norte de Caldas da Rainha. Quero mesmo ser optimista e acreditar que não é esse o objectivo da empresa. Tanto mais que em 2010 até houve aumento de passageiros e de carga transportada. Quero acreditar que ainda é possível recuperar a Linha do Oeste como uma das veias essenciais da vida desta região.
Quero acreditar nisso, mas penso que a CP terá condições para dar outros sinais da sua vontade de investir. Porque desconfio que não haverá muita gente a acreditar no mesmo que eu enquanto se demorar, na melhor das hipóteses, três horas e cinco minutos para ir de Leiria a Lisboa.
(in 'Região de Leiria' - "Da margem do Lis", 16 de Setembro)
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