Uma vergonha
Centenas (milhares, o que for) de eleitores foram impedidos de votar no passado domingo. O facto, só por si, já é suficientemente grave para passar sem consequências (sérias). Estamos perante uma situação inédita na história da nossa Democracia: cidadãos eleitores impedidos de o ser por uma qualquer deficiência mecânica (digamos assim). Devo confessar que durante o apuramento dos resultados não me apercebi da dimensão do problema; e por isso não o valorizei devidamente. Já tarde na noite, e principalmente na manhã de segunda-feira, é que me inteirei da dimensão do que sucedera. Como é possível que, numa sociedade tão ‘tecnológica’, tão avançada, uma coisa simples, como saber o número de eleitor, se tenha revelado tão complicada, e mesmo impossível? Como aceitar passiva e acriticamente que centenas (ou milhares, ou o que for) de eleitores tenham desistido de votar, desesperados e exasperados, pela completa ineficiência da máquina do Estado? Como entender que os responsáveis resumam...