Sobre o futuro (parte III)
Alguns dias antes das eleições legislativas de Junho, ensaiei aqui uma reflexão sobre a organização do poder político em Portugal. Entendi, então, que estando em apreciação pelo eleitorado as propostas dos partidos não devia intervir nesse âmbito. É tempo, agora. Em primeiro lugar, não me parece que se deva discutir o assunto com base simplesmente no custo desse patamar da nossa organização política (principalmente quando é evidente o desperdício noutros ‘sítios’…). Em segundo lugar, penso que a definição geográfica do Poder Local deve assentar no princípio do melhor serviço aos cidadãos e da proximidade desse mesmo serviço. Alguns dos males de que padecemos enquanto país têm precisamente a ver com o centralismo do exercício do poder. Em terceiro lugar, penso ser essencial mudar a forma de eleição dos órgãos do Poder Local municipal. Em minha opinião não faz sentido que as Câmaras Municipais sejam o único órgão executivo eleito por sufrágio directo e método proporcional, já que isso...