Sobre o futuro (parte II)
Há duas semanas enunciei aqui o que penso ser a obrigação mínima dos cidadãos maiores de 18 anos: votar no próximo dia 5 de Junho, seja onde for e em quem for. Infelizmente, e por razões que não cabem nesta prosa, as nossas escolhas estão algo limitadas, controladas até, pela necessidade de intervenção externa no que às contas públicas diz respeito. Dito de outra forma, o programa económico e financeiro para os próximos quatro anos será definido fora do nosso alcance enquanto eleitores. É mau, mas é onde nos colocámos. Assim sendo, penso que a próxima legislatura será uma oportunidade única para mudar o nosso sistema político, designadamente no que respeita à representatividade dos cidadãos e à responsabilidade dos eleitos. A um primeiro nível, e mais que discutir ‘quantos?’, é essencial mudar a forma de eleição dos deputados. É tempo, mais que tempo, de avançar para a definição de círculos uninominais, de acabar com a ‘irresponsabilidade’ de listas, com o princípio de que os cidadã...