Os mercados
Há muitos, muitos anos ‘mercados’ eram aqueles espaços ao ar livre onde as pessoas se dirigiam para comprar o que precisavam e vender o que produziam. As coisas evoluíram e, principalmente nas cidades e outros povoados de razoável dimensão, os ditos mercados começaram a funcionar em espaços próprios (e fechados) e dias predeterminados. Lembro-me bem do velho Mercado de Sant’Ana e do novo Mercado Municipal na Quinta do Carpalho (inaugurado com pompa e circunstância no início dos anos 80 do Século passado). Depois surgiram outros mercados… mini, super, híper e tudo o mais que a iniciativa humana inventou. ‘Mercado’ usava-se igualmente para significar que este ou aquele produto tinham potencial de venda junto dos consumidores (‘tem mercado’) ou que estava condenado ao insucesso (‘não tem mercado’). Recentemente, tudo mudou e confesso-me bastante confuso. De um momento para o outro, ‘mercados’ passou a dominar os noticiários, a opinião publicada e as conversas de café. Então se surgis...